▪ Em março deste ano, publicamos o estudo “Eu sou você amanhã?’ – Semelhanças, diferenças e coincidências do processo de normalização brasileiro e americano”. Nele, discorremos utilizando diversas métricas quantitativas, sobre a semelhança (positiva) na performance das economias brasileira e americana – logo na saída da fase mais aguda da pandemia. Notamos, entretanto, que no início de 2021 houve uma divergência, para pior, no caso brasileiro;

▪ Neste presente relatório continuamos tal comparação, mas agora sob a ótica fiscal de ambos os países (situação atual e perspectivas);

▪ Nota-se que a surpreendente alta da inflação, a partir de 2021, e as, relativamente lentas, reações das autoridades monetárias (em especial, do Fed) gerou uma “surpresa nominal” que levou à queda dos índices de endividamento em relação ao PIB em ambas as geografias, apesar do forte aumento de gastos para combater a pandemia;

▪ Nota-se também que os gastos com a pandemia foram, efetivamente, financiados com o imposto inflacionário, levando à grandes perdas de riqueza para detentores de títulos de renda fixa;

▪ Houve também aumento expressivo de arrecadação e há um corrente debate entre analistas sobre a durabilidade de tal melhora;

▪ No caso brasileiro isso se deve em parte à alta dos preços das commodities, enquanto no caso dos EUA à fortíssima alta nos preços dos ativos financeiros;

▪ A recente melhora da perspectiva fiscal deverá depender, em grande parte, dos níveis de taxas de juros que prevalecerão nos próximos anos.