Nos anos 80, durante o período de alta inflação, a tendencia do Brasil copiar medidas adotadas na Argentina levou a expressão “Eu sou você amanhã”.

▪ As economias americanas e brasileiras tiveram uma performance bastante semelhante logo no início da pandemia. Mas começando em 2021, houve forte e crescente divergência, com a economia brasileira mostrando menos crescimento. Uma métrica onde não houve grande divergência foi na inflação.

▪ Acreditamos que o principal fator explicando a eventual divergência é o status de moeda reserva do dólar americano.

▪ Vemos dois cenários básicos no caso dos EUA, onde o Fed pode escolher privilegiar, pelo menos no curto prazo, a atividade econômica ou o combate contra a inflação.

▪ Dada a forte queda de popularidade do governo Biden, em boa parte devido aos níveis de inflação, o Fed pode acabar apertando a política monetária bem mais do que hoje precifica o mercado, aumentado o risco de recessão, mas tendo uma queda mais rápida da inflação.

▪ Alternativamente, o Fed pode escolher não correr o risco de sacrificar o crescimento econômico para fazer a inflação convergir ao nível de 2% rapidamente, aceitando uma inflação mais alta durante algum tempo.

▪ Enquanto o EUA está no início do seu aperto monetário, o Brasil está perto do fim, o que prospectivamente gera expectativas de uma provável recuperação cíclica.